Esse robô pode andar na lama — graças a uma inspiração inusitada
Inspirados pelos cascos de alces, pesquisadores da Estônia criaram pés de silicone para aprimorar mobilidade de robôs em terrenos com lama ou neve O post Esse robô pode andar na lama — graças a uma inspiração inusitada apareceu primeiro em Olhar Digital.
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Tallinn (TalTech), na Estônia, criaram um tipo de pés para robôs inspirado nas patas dos alces. Detalhada na Bioinspiration & Biomimetics, a invenção busca superar os desafios de mobilidade dos robôs em terrenos naturais escorregadios, como lama ou neve.
Entenda:
- Pesquisadores criaram um tipo de pé para robôs inspirado nos cascos de alces;
- Em terrenos escorregadios – como lama ou neve -, a invenção pode reduzir o consumo de energia dos robôs em até 70%;
- Isso porque, funcionando de forma semelhante a uma ventosa, os pés reduzem a força de sucção e o afundamento do robô nesses terrenos, aprimorando, assim, sua mobilidade.
“Terrenos lamacentos e escorregadios são alguns dos mais difíceis de atravessar para robôs e animais, incluindo humanos. Isso significa que a maioria dos robôs não consegue acessar uma ampla gama de ambientes terrestres altamente importantes […] que são abundantes na natureza“, explica Maarja Kruusmaa, líder da equipe, em comunicado.
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‘Pés de alce’ reduziram gasto de energia de robô
A equipe realizou experimentos em laboratório com pés de alce de verdade, e observou que os cascos se expandiam e encolhiam com base no contato com a lama – quebrando, assim, a força de sucção. “O casco do alce se comporta de forma semelhante a uma ventosa”, diz Simon Godon, autor principal do estudo.
Com base nessas observações, a equipe criou pés de silicone para replicar o mesmo comportamento dos cascos em um robô com pernas. Com a modificação, foi possível não apenas reduzir a força de sucção e o afundamento do robô pela metade, mas ainda diminuir em 70% seu consumo de energia.
De acordo com a equipe, os “pés de alce” para robôs não apresentaram nenhuma desvantagem até o momento. “Especulamos que, pelo contrário, os cascos divididos podem até ter vantagens em terrenos irregulares, dando ao robô ou ao animal alguma estabilidade extra”, conclui Kruusmaa.
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