Vulcões mais ativos do Havaí compartilham fonte de magma
Estudo revela que Kīlauea e Mauna Loa, os vulcões mais ativos do Havaí, possuem uma fonte de magma compartilhada O post Vulcões mais ativos do Havaí compartilham fonte de magma apareceu primeiro em Olhar Digital.
Cientistas descobriram que Kīlauea e Mauna Loa, os dois vulcões mais ativos do Havaí, compartilham a mesma fonte de magma. Publicada no Journal of Petrology, a pesquisa desafia a ideia original de que os montes possuíam caminhos de lava distintos.
Segundo o estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade do Havaí em Mānoa, o fluxo de magma entre os dois vulcões alterna em ciclos de décadas, influenciando suas atividades eruptivas.
“No passado, acreditava-se que as diferenças químicas nas lavas indicavam fontes separadas no manto terrestre. Nossa pesquisa mostrou que isso está incorreto”, explicou Aaron Pietruszka, principal autor do estudo, em um comunicado. Ele destacou que o magma vem de uma fonte compartilhada na pluma havaiana, mas é transportado de forma alternada para cada vulcão.
Leia mais:
- Há 350 mil anos, quatro pessoas andaram em destroços mortais de vulcão
- Mistério do vulcão que “matou” o verão de 1831 é resolvido
- Qual a diferença entre vulcão ativo, adormecido e extinto?
Vulcões trabalham em “revezamento” de atividade no Havaí
Mauna Loa, o maior vulcão ativo do planeta, entrou em erupção em 2022 após 38 anos em silêncio. Durante grande parte desse período, Kīlauea manteve uma longa erupção conhecida como Puʻuʻōʻō, que durou 35 anos e terminou em 2018, com eventos marcantes como o colapso de sua caldeira e fontes de lava de até 80 metros de altura.
O estudo revelou que, quando um vulcão está em alta atividade, o outro tende a ficar menos ativo. Essa alternância reflete o transporte do magma da fonte compartilhada. Além disso, a composição química da lava muda de acordo com o vulcão que recebe mais magma.
No final do século 19, por exemplo, Mauna Loa estava mais ativo, enquanto Kīlauea produzia lavas com características químicas únicas. Já entre meados do século 20 e 2010, Kīlauea tornou-se altamente ativo, e sua lava passou a se parecer com a de Mauna Loa.
Desde 2010, os cientistas observaram mudanças químicas na lava de Kīlauea, sugerindo que o fluxo de magma está voltando para Mauna Loa. Com isso, este último pode entrar em um período de maior atividade eruptiva nas próximas décadas.
Os pesquisadores acreditam que monitorar a química da lava é uma ferramenta promissora para prever erupções. “Nosso estudo mostra que as mudanças químicas podem indicar quando um vulcão está prestes a se tornar mais ativo”, afirmou Pietruszka.
Investigações como esta oferecem novas possibilidades para prever e gerenciar os riscos associados à atividade vulcânica, ajudando a proteger as comunidades próximas a esses gigantes geológicos.
O post Vulcões mais ativos do Havaí compartilham fonte de magma apareceu primeiro em Olhar Digital.
Qual é a sua reação?