Há milhões de anos, superpredadores eram caçados por répteis marinhos gigantes
Pesquisa analisou Formação Baja, região que ficou conhecida por seus répteis marinhos gigantes O post Há milhões de anos, superpredadores eram caçados por répteis marinhos gigantes apareceu primeiro em Olhar Digital.
Até os superpredadores que conhecemos hoje tinham predadores no Período Cretáceo. Há milhões de anos, a cadeia alimentar tinha um topo diferente, com répteis marinhos gigantes se alimentando de outros grandes carnívoros.
Para se ter uma ideia, até orcas, baleias cachalotes e tubarões brancos – que hoje são alguns dos maiores predadores dos mares – tinham com o que se preocupar.
Cadeia alimentar era diferente no Cretáceo
O Período Cretáceo aconteceu entre 145 milhões e 100,8 milhões de anos. Em um estudo publicado no Zoological Journal of the Linnean Society, pesquisadores analisaram a Formação Baja, uma formação geológica localizada na atual Colômbia, e seus habitantes antigos.
Mas, antes de tudo, vamos entender como funciona a cadeia alimentar:
- A cadeia alimentar é divida em níveis tróficos;
- O primeiro nível representa os produtores primários, como algas e plantas. Já o segundo, consumidores primários, como herbívoros, que se alimentam das plantas. O terceiro é para carnívoros que comem herbívoros. Do quarto em diante, são para carnívoros que se alimentam de outros carnívoros;
- O ambiente marinho é repleto de níveis tróficos. Segundo o site Science Alert, os oceanos modernos chegam até o nível máximo cinco ou seis, representados por predadores como orcas, baleias cachalotes e tubarões brancos;
- Esses predadores de topo de cadeia (ou seja, que não tem nenhum outro predador animal) são chamados de superpredadores.
Superpredadores tinham ameaças
De acordo com o estudo, a Formação Baja contava com um nível ainda maior de predadores, o nível sete, formado por répteis carnívoros gigantes, do tamanho de um ônibus, como os pliossauros. Isso porque, há cerca de 130 milhões de anos, a região era um ecossistema rico e complexo.
A pesquisa destaca a presença de répteis como os ictiossauros (semelhantes a golfinhos), os teleossauros (parecido com crocodilos) e os próprios pliossauros. Alguns desses animais chegavam a medir mais de 10 metros de comprimento.
A equipe já sabia que a Formação Baja era conhecida por abrigar répteis marinhos gigantes, mas é improvável que esses superpredadores pudessem sobreviver sem ter outros grandes animais como presa.
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Pesquisa reconstrói relação entre superpredadores e outras espécies
Basicamente, os superpredadores do Cretáceo eram bem diferentes do que conhecemos hoje – e, inclusive, poderiam se alimentar deles. Para chegar nessa conclusão, a equipe reconstruiu o ambiente marinho antigo na Formação Baja usando dados fósseis de animais que habitaram a região. Eles também levaram em conta a proporção do corpo das espécies e sua dieta.
Com isso, foi possível entender a relação dos animais que habitaram a região. Segundo o biólogo Dirley Cortés, da Universidade McGill, em comunicado, o estudo é o primeiro a analisar essas possíveis interações ecológicas. Além disso, ajuda a compreender a complexidade do ecossistema e de como ele evoluiu ao longo do tempo para sustentar a biodiversidade atual.
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