Drones: a nova aposta do Pentágono para sistemas de defesa
Governo Trump já informou que não pretende alterar a iniciativa Replicator, lançada por Biden para acelerar tecnologias na área da defesa O post Drones: a nova aposta do Pentágono para sistemas de defesa apareceu primeiro em Olhar Digital.
O campo de batalha já não é mais o mesmo de anos atrás. A guerra moderna tem sido marcada por um componente que vai transformar a indústria de defesa: os drones — e os Estados Unidos têm grandes ambições para acelerar o desenvolvimento da tecnologia.
As aeronaves autônomas não tripuladas (UAS) são o foco da iniciativa Replicator, lançada em duas etapas pela unidade de Inovação em Defesa do Departamento de Defesa dos EUA no governo Joe Biden:
Replicator 1: anunciada em 2023, a primeira fase contratou empresas para desenvolver e fornecer sistemas não tripulados mais baratos e que podem ser aprimorados com prazos de entrega substancialmente mais curtos;
Replicator 2: divulgada no final de 2024, a segunda fase busca superar desafios nas áreas de capacidade de produção e inovação tecnológica de sistemas não tripulados, com destaque para uso de inteligência artificial.
A primeira etapa do projeto atraiu 30 empresas que vão fornecer os equipamentos até agosto deste ano, mas especialistas consultados pelo site The Hill avaliam que a indústria ainda tem um longo caminho pela frente para atender as demandas do governo americano.
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Os experimentos antidrones
Uma das empresas líderes no espaço antidrone é a Dedrone, que criou o sistema de software DedroneTracker.AI usando sensores para analisar ameaças de drones. A carteira de clientes da companhia inclui 120 agências de segurança pública e 15 agências federais, incluindo o Pentágono, segundo a reportagem.
“Se nós, como Estados Unidos, quisermos manter a superioridade aeroespacial, acho que temos que estar muito atentos e muito focados em fazer a coisa certa — não apenas quanto dinheiro você investe nisso, mas igualmente importante, quão rápido você pode executar e continuar a inovar”, disse Mary-Lou Smulders, diretora de marketing da Dedrone.
O governo Trump informou que não pretende alterar o planejamento da iniciativa Replicator, e empresas de todo o mundo já têm trabalhado para criar novas tecnologias:
- Advanced Technology Systems Company: sediada na Virgínia, a companhia tem testado um pacote de componentes que detecta e desativa drones conhecido como DroneSting Scout. O objetivo principal é incorporar IA para garantir precisão e segurança;
- Drone Shield: o foco da empresa australiana é a tecnologia portátil chamada DroneGun Mk4, que pode bloquear frequências de drones e seria carregada pelos próprios soldados;
- Robin Radar: com sede na Holanda, a empresa quer alavancar seu sistema de detecção de radar de 360 graus usando IA e câmeras para rastrear objetos muito pequenos;
- AgEagle Aerial Systems: a companhia do Kansas pretende usar seus drones para mapear terrenos e coletar informações que poderiam ser usadas em missões futuras;
- Rafael: sediada em Israel, a empresa está desenvolvendo um sistema chamado Iron Beam, um laser de alta energia projetado para atingir alvos a quilômetros de distância;
- BAE Systems: a multinacional britânica quer transformar seu sistema chamado Mk 38 MGS em uma “máquina de matar drones”. O componente dispara projéteis de 25 mm e tem um sensor eletro-óptico/infravermelho para vigilância de 330 graus.
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